quarta-feira, 27 de abril de 2016

Nota sobre denúncia de casos de assédio sexual e moral no campus Humaitá II


                     A Comissão de Mães, Pais e Responsáveis do Humaitá acompanha relatos sobre assédio sexual e moral nas páginas oficiais de discussão de outros campi do CPII, mas não foi procurada oficialmente para prestar qualquer ajuda em relação às denuncias no campus Humaitá IIDesde o final de 2015, observamos os encontros de alunos para tratar deste assunto, na entrada do campus H II. Através dos conselheiros do segmento “família”, que têm assento permanente no Conselho Superior – Consup –, somos representados e deliberamos nas discussões sobre o tema. A respeito das recentes denúncias de casos de assédio sexual contra jovens alunas do campus Humaitá II vítimas de colega, aluno, e que revelaram também o assédio praticado por professores, esta Comissão esclarece que:

- A página do grupo de discussão dos responsáveis do Humaitá rede social Facebook, canal administrado pela Comissão, foi o primeiro lugar onde as famílias tomaram contato com a denúncia principal, que culminou com o desligamento do aluno do colégio. A mediação da página prima pelo acolhimento e respeito na condução deste e demais temas trazidos à tela.Neste episódio, as alunas autodenominadas integrantes da Frente Feminina, encontraram neste canal o espaço para tratar o fato de maneira clara e avançar nas ações que culminaram no ato público ocorrido em 07/04. na frente do colégio;

- Como coletivo representativo das famílias, atuando desde 2012 nos campi H I e H II, a Comissão reitera o compromisso de apoiar as famílias envolvidas neste episódio, respeitando a decisão daqueles que escolheram não se expor publicamente. A sensibilidade do tema exige e recebe desta Comissão o resguardo necessário à rápida apuração dos fatos que envolvem alunos menores de idade;

- Esteve reunida com a Direção Geral do campus H II, em 11/04, para tratar do assunto e reiterou que as famílias confiam no colégio para receber e tratar denúncias sobre assédio contra os alunos. Registrou particular preocupação quanto à percepção das alunas que não se sentem acolhidas e respeitadas na exposição de casos de assédio sexual praticados por professores, tendo interiorizado e exposto que o colégio é negligente na condução dos casos denunciados;

- Solicitou à Direção Geral do campus H II que abra um canal de dialogo permanente com os alunos para agilizar a discussão e os relatos de casos semelhantes. Sugeriu meios virtuais de registro, que são bem acolhidos por esta geração de alunos;

- Insiste que a comunidade escolar seja bem informada sobre o tema “assédio sexual e moral”, que ainda requer aprofundamento entre professores, alunos, técnicos e famílias. Parte do princípio que atuar sobre determinado conflito exige conhecimento, reflexão e diálogo franco e respeitoso entre todas as partes envolvidas;

- Não promove e nem apoia a espetacularização desse ou de qualquer outro tema que evolva a comunidade escolar do CPII, mas reconhece a autonomia daqueles segmentos que optam por tratar determinado assunto no âmbito da sociedade. Por coerência de conduta, esta Comissão não adota mecanismos de divulgação externa quando há casos particulares em questão e/ou a  faz qualquer citação que afronte o direito ao sigilo individual;

- No encontro com a Direção Geral do campus H II a Comissão assumiu o compromisso de
repercutir junto às famílias o pedido para que reforcem o diálogo com os seus filhos, com ênfase à exposição mais detalhada da vivência escolar. Esta dinâmica foi apontada pelo colégio como sendo importante para a detecção de má conduta que possa ser precocemente caracterizada como agressiva;

- Em reunião realizada com ÁREA TAL, em 15/04, no prédio da Reitoria, em São Cristóvão,
formalizou a entrega de documento com observações e propostas para fortalecimento do SESOP – Serviço de Orientação Pedagógica – setor que atua na mediação de conflitos no colégio. O documento foi elaborado com base no conjunto das escutas que as famílias relatam nos canais de comunicação administrados pela Comissão.

                        Por fim, a Comissão de Mães, Pais e Responsáveis do Humaitá esclarece que delibera por consenso de seus membros e de acordo como o resultado da consulta feita aos seus pares em reuniões presenciais. A ocorrência deste lamentável e preocupante episódio será pauta da próxima reunião da Comissão com as famílias, cuja data será divulgada em breve.

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