A Comissão de Mães, Pais e Responsáveis do CPII Humaitá quer deixar claro que respeita incondicionalmente todos os servidores do Colégio Pedro II e entende seu direito legal de greve, posto que é constitucional.
Vem dizer que quer estar junto em movimentos que valorizem a educação e seus profissionais, mas acredita que as inúmeras e sucessivas greves que vêm ocorrendo no Colégio Pedro II causam uma descontinuidade do processo pedagógico, assim como no cotidiano de todos, e que não mais é suportada por uma parte considerável da comunidade escolar, causando por isso cansaço e indignação.
Neste sentido, acredita que outras formas de mobilização tão ou mais eficazes do que greves sucessivas e de longa duração podem e devem ser consideradas.
Prezadas mães, prezados pais, prezada comissão,
ResponderExcluirTorci para que o governo fosse sensível para evitar a necessidade da greve. Assim como os professores, que depois precisam cobrir o calendário prejudicado, os alunos também se prejudicam. A responsabilidade, no entanto, é do governo e não dos professores!
Quando a greve foi aprovada, fiquei bastante preocupada. Porém, considero totalmente descabida uma campanha de oposição à greve dos professores. Jamais deveria ser divulgada fora da escola, depois que a greve foi deflagrada. Talvez como parte de um diálogo interno, mas publicizá-lo constitui-se um inegável questionamento do próprio direito político à greve, instrumento que, devido à adesão sempre se mostrou importante como reforço na garantia das condições de qualidade na educação que nossos filhos recebem... Como resultado a campanha contra a greve dos professores e professoras apenas pode, eventualmente, ajudar ao governo a justificar algum possível não atendimento na pauta de reivindicação. Enfraquece a luta daqueles que todos os dias estão com nossos filhos e filhas em sala de aula. Além de significar total falta de reconhecimento de seu trabalho. Ao invés disso, mães, pais e alunos deveriam ajudar nas reivindicações para acelerar o processo de volta às aulas.
Afirmar que há respeito no direito constitucional de greve e fazer campanha contra é uma contradição performativa de mais alta evidência. Lamentável! Exemplo péssimo para os estudantes, que deveriam compreender que a educação de qualidade está em disputa e depende de cada um de nós para ser garantida. O exercício da cidadania passa pela politização desse entendimento, não do tratamento da educação como uma "prestação de serviço".
Príscila Carvalho,
Mãe de aluno do Ens. Fundamental.
Lamentável!
Perfeito!
ExcluirLamentável é este comentário. Uma educação de qualidade se consegue com alunos dentro da sala de aula.
ExcluirPenso que a Comissão está agindo corretamente ao reconhecer o direito de greve dos professores e ao mesmo tempo contestar alguns aspectos desta greve, pois este direito é um fato, mas, como acontece com outras categorias de trabalhadores, ele tem seus limites.
ResponderExcluirNós que somos pais, mães e responsáveis pelos alunos também temos o direito e principalmente o dever de verificar estes limites, pois temos que pensar em nossos filhos, já tão prejudicados pelas frequentes e extensas greves do CP II.
"Posto que" tem valor concessivo, não explicativo ou causal.
ResponderExcluirPena desperdiçar tanto conhecimento em um blog. Poderia ser em uma sala de aula...
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